Não interessa qual ano está acabando. É sempre as mesma coisa. A última vez no ano que eu vou ver fulano ou ciclano, o último fim de semana do ano, o último filme que eu vou ver, a última música que eu vou ouvir, a última vez, a última coisa, último, última... Tudo isso com um sentimento de que temos que aproveitar cada última vez ao máximo, porque são as últimas vezes. E isso faz com que vivamos tão intensamente esses últimos dias do ano, aproveitando cada último segundo.
E em seguida, depois da tão esperada meia noite, nossa vida se enche com as primeiras vezes e primeiras coisas do ano novo. A primeira dança, a primeira noite, as primeiras palavras, as primeiras oportunidades. E tudo parece tão novo, tão fresh, que nossos corações e nossa alma se enche de esperança como se a partir deste dia, deste novo ano nós temos todas as oportunidades do mundo na nossa frente.
Mas vocês já pararam para pensar em como seria viver como se cada dia fosse o último e o primeiro do ano? Ou das nossas vidas? Como seria viver a vida intensamente como se fosse o último dia, e como seria ter nosso coração cheios de esperanças como se fosse o primeiro dia? E quem disse que não podemos viver assim?
A passagem de ano é só uma data, um detalhe. Muda o ano, mas a nossa vida continua a mesma. A grande mudança quem faz é a gente. Nós que decidimos o que fazer para mudar, quais oportunidades correr atrás e agarrar. E porque então esperar o ano começar para mudar? Porque esperar o ano acabar para aproveitar ao máximo cada segundo? Porque não viver cada dia como se fosse o último e o primeiro?